SEMINARISTAS PARTICIPAM DE PRIMEIRA MISSA SOLENE

NEO-SACERDOTE PRESIDE MISSA EM AZAMBUJA, SUA TERRA NATAL O domingo, 27 de março de 2011, amanheceu ensolarado, bem diferente do dia anterior, quando aconteceu a Ordenação do Pe. Márcio, sob insistente chuva. Toda a comunidade de Azambuja, interior de Pedras Grandes, estava em festa. Muitas pessoas de outras comunidades vieram prestigiar as primícias do novo padre. Às dez horas teve início a solene celebração. Além do presidente, estavam presentes os padres Vanderlei Tezza, Auricélio, Joel e dois Diáconos; além do Pe. Nivaldo Ceron, que fez a homilia solene. A animação coube à Associação Coral de Pedras Grandes, que deu um belo espetáculo sob a regência do maestro Valdonir. Todos os nossos seminaristas estiveram presentes. Coube a um quinteto de seminaristas da Filosofia auxiliar na Liturgia. Em sua reflexão, o pregador refletiu sobre o papel do sacerdote na missão da Igreja. Abaixo, alguns de seus pensamentos. Pe. Márcio, estou feliz por ser convidado para fazer este sermão em sua primeira Missa, pois eu vi esta sua vocação florescer. “Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec”. Deus te escolheu não pelos teus dotes intelectuais, mas por causa do teu coração. Isto é ser sacerdote: ver o Cristo Sofredor presente nos irmãos mais necessitados. Aos 8 anos de idade sentiste vontade de ser padre. Eras novo, mas, aos 22, começaste a ouvir mais intensamente aquele chamado; e, aos 25 anos, ingressaste no Seminário. Pe. Márcio, só Deus dá sentido à vida. Assim, tu iniciaste uma nova história: devotar um amor exclusivo a Jesus. Atendeste ao chamado incessante: “abre a porta do teu coração”. Agora és padre porque Ele quer. E irás presidir a Eucaristia, o mistério pascal, que é a máxima ação do sacerdote. Os santos da Igreja nos ajudam a entender melhor o papel do padre. Eles amavam os sacerdotes. Como S. João Bosco, que dizia “quem não respeita os ministros de Deus, deve temer o castigo do Senhor”. S. João Vianney fazia festa quando um sacerdote o visitava. O venerável João Paulo II ensinou numa de suas Encíclicas: “o sacerdote oferece o santo sacrifício ‘in persona Christi’, isto é, na pessoa de Cristo, fazendo as vezes de’Ele, numa profunda identificação com o Sumo e Eterno Sacerdote Jesus”. S. Pio de Pietrelcina disse “se os homens compreendessem o valor da Santa Missa, seria necessário chamar os guardas para organizarem as multidões que acorreriam para as Missas”. Sto. Ambrósio, por sua vez, ensinou: “como fazer o pão se tornar o Corpo de Cristo? O sacerdote sabe, pois ele fala por meio de Jesus”. O Cura D’Ars ainda dizia: “a Missa não é obra dos homens. A Missa é obra de Deus!”. E mais: “sem padres, em 20 anos, o povo passaria a adorar os animais”. Pe. Márcio, tu farás a diferença no meio do povo. Olha para Jesus. Ele é a fonte da água viva, como ouvimos no Evangelho de hoje (João 4,5-42 “a samaritana”). Não podemos nos acomodar, pois a Igreja precisa de padres que façam a diferença, que falem com Deus e não somente que falem de Deus! Hoje há cristãos que bebem de qualquer fonte: bebem água envenenada, isto é, com o veneno do sexismo, das drogas, da ciência e ética sem limites... nada sacia o coração do homem. Somente a água do Coração de Cristo! Sacerdote é estar revestido dos poderes de Jesus (como se canta naquela antiga canção), assumindo a mesma missão d’Ele: ser sal e luz. É alguém que medita, que sabe ouvir. Querido Pe. Márcio, eu conto contigo! As pessoas precisam que quem as ouça; não precisam só de psicólogos! Pois a conversa com o padre tem uma vantagem especial: ao final, o sacerdote dá a bênção de Deus. Assim, Pe. Márcio, a tua alegria deve ser a alegria de Deus. Os teus sonhos e anseios, sejam os de Deus. Enfim, viva o Amor. Sim, eis a tua norma de vida. É como dizia D. Orione: “fazei o bem sempre!”. Servir é o teu ideal, como Jesus. Teu coração sacerdotal deve ser como o de Jesus: conduzir as ovelhinhas. Pe. Márcio, seja feliz com a sua nova grei.