quinta-feira, 6 de setembro de 2012

FORMADORES PARTILHAM IMPRESSÕES DO CURSO DOS PRESBÍTEROS


Pe. Auricélio e Pe. Pedro participaram do Curso e partilham conosco, abaixo, suas impressões. “O presbítero num tempo de mudanças”. Este foi o tema do Curso anual do presbitério diocesano de Tubarão neste ano.

Dirigido pelo renomado Pe. Dalton de Barros, redentorista, os estudos tiveram início neste dia 28 e se estenderam até o dia 30 de maio (2012), na CEDA (Casa de Encontros Dom Anselmo), em Tubarão. O Pe. Rafael, da Pastoral Presbiteral, coordenou os trabalhos.

Todos os dias aconteceram momentos de oração em comum, especialmente a Eucaristia, quando os seminaristas menores e propedêutas também participavam. A boa adesão ao Curso revelou a urgência do tema proposto e o desejo de buscar compreender melhor nossa missão “nestes tempos tão interessantes”, no dizer do Pe. Dalton. “Temos que agradecer a Deus por estarmos vivendo estes tempos de mudanças tão profundas, que exigem de nós uma presença muito forte”. E questionava: “qual é a presença que o povo quer de nós, padres? Estamos prontos para ‘encher’ templos ou para evangelizar a cidade?”. E ensinava: “não somos magos com gestos de religião; mas somos homens chamados a ser místicos, cuidando do mistério”.

Assim ele dizia que “este tempo de mudança é profundamente pascal, tempo de travessia, ‘do menos para o mais’”. Usando categorias da Psicologia Social, ajudou-nos a compreender o que significa “caos-gênese” (o mal-estar necessário para fazer surgir algo novo). Questionava-nos: “andamos perplexos e angustiados diante dos desafios de sermos Igreja hoje. E rezamos ‘Vem Espírito Santo, renovai a face da Terra’, mas por quê que quando Ele vem, a gente chama o ‘bombeiro’ para apagar tudo?”. E mais: “O quem em nossa Diocese é evolução, passividade, regressão, revolução e resistência?”.

Pe. Dalton ajudou-nos a refletir sobre o sentido de poder e autoridade, recordando a essência do ser padre: servo do Senhor, um “líder-servo”! Disse que “somos passadores da ressurreição”. Revendo nosso jeito de ver e ser Igreja nos últimos 30 anos, levou-nos a perceber quanta “destradicionalização”. Foi um “tsunami por cima de nossas certezas de sempre”. É dentro deste contexto que refletimos sobre a formação dos futuros sacerdotes, que não pode desconsiderar este tempo de mudanças.

É necessário um “redimensionamento da conversão” para alcançarmos uma “melhor qualidade no seguimento de Jesus”. Afinal de contas, “a gente crê em Jesus, mas a gente crê como Ele?”. Esta mudança de época “mobiliza mente, coração e espírito. Mobiliza nossos afetos e nosso mundo afetivo”.

Uma de suas conferências foi sobre “O presbítero nas encruzilhadas de sua história de vida”; refletindo sobre “o cuidado” que temos conosco como indivíduos e como presbitério. Fizemos um retrospecto vocacional, questionando-nos sobre nossas primeiras motivações que nos trouxeram para o Seminário. E nos convidava a “higienizar” nossa subjetividade (nossa profundeza) a fim de “evangelizar o que há de mais profundo em nós”!

Por fim, Pe. Dalton refletiu sobre o tema “Deus crê em nós”. Disse que “Ele nos ama tanto que fez de nós seus ‘anjos’ e ‘mensageiros’ neste mundo. Por isso precisamos espelhar-nos em Jesus para termos um ‘dinamismo à la Jesus”. É n’Ele que nos tornamos reconciliadores através e nossos relacionamentos diários e de nossa presença. Pois, “devemos criar laços e não nós”.

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