quarta-feira, 29 de junho de 2011

SEMINARISTAS CELEBRAM LAUDES COM OS PRESBÍTEROS




D. WILSON FALA SOBRE “O SACERDOTE E A EUCARISTIA”

22 de junho de 2011. 9h. A Pastoral Presbiteral da Diocese de Tubarão promoveu, na manhã de hoje, um Dia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes. O evento aconteceu na CEDA, na Cidade Azul. Na capela, os presbíteros e o Sr. Bispo rezaram a Liturgia das Horas (Laudes). Os seminaristas André, Judá, Adson e Jean também foram convidados para participar do Ofício.

Após o momento de espiritualização, na Sala de Palestras, D. Wilson proferiu uma palestra sobre “O Sacerdote e a Eucaristia”. Em seguida, após o intervalo, houve oportunidade de Confissões e fez-se Adoração ao Santíssimo Sacramento. O almoço selou o encerramento das atividades. Abaixo estão registrados alguns pensamentos de D. Wilson.

A Eucaristia nos remete à questão da Aliança no sangue do Cordeiro. Recordamos a saída do Egito, quando os umbrais das casas dos hebreus foram marcados com sangue de cordeiro. Teve início aí o caminho da libertação. O povo precisou sair de onde estava para encontrar vida nova.

Deus tem muito interesse em cada um de nós. Ele nos ergue e deseja fazer Aliança conosco. Quer estar presente em nossa vida, nossa história, em nossa Igreja.

A figura de Abraão nos surpreende: era uma pessoa rica e realizada. Mas foi chamado a confiar apenas em Deus; a “sair” de onde se encontrava. Assim também, eu, como padre, me coloco nas mãos de Deus para que Ele faça de mim o que Ele bem entender.

Na Eucaristia nós somos revigorados em nossa vocação. Ela é o alimento espiritual que nutre a nossa fidelidade com Cristo; leva-nos a confiar n’Ele única e exclusivamente. “Nosso viver é Cristo!”

A Eucaristia alimenta a nossa caridade, isto é, imitar Jesus no que Ele fazia. Assim deixamos que o nosso Batismo frutifique. Pois, em todo gesto de amor, Deus está presente. Assim, nossa “alimentação” deve ser diária e várias vezes ao dia. Não só “dizer” a Missa, mas vivenciá-la: no nosso modo de viver, com posturas coerentes com o que rezamos.

A Eucaristia nos revela quem é Jesus, quem nós somos e como devemos viver.
Ela é a celebração do memorial: lembramos que Deus nos visitou (como era na ceia judaica, no AT, quando o pai contava a história de libertação de Israel). Também nós temos muitas histórias para contar: nossos encontros e experiências significativas com Deus. Afinal de contas, Ele nos chamou para o sacerdócio ministerial e deseja nos conduzir. Precisamos dialogar com Ele; escutá-Lo.

A Eucaristia é um encontro com Deus, e não um fato qualquer. Como as pessoas se interessarão por Deus, se eu não tiver histórias sobre Ele (com Ele!) para lhes contar? O que eu lembro da presença de Deus em minha vida? Um dia sem que eu recorde que sou um consagrado de Deus, é um dia (digamos) de “baixa-tensão”.

Outro aspecto importante nesta reflexão é o sacrifício. Cristo se entrega; o seu sangue é derramado. Eu devo acolher e, até mesmo, buscar a Redenção que Ele me oferece. Na celebração da Eucaristia também o padre coloca, como oblação, um pouco do seu sofrimento. Pois, “o discípulo não é maior do que o Mestre”. Mais do que num livro sobre este assunto, é no apostolado que devo buscar viver e entender a Eucaristia!

O padre deve viver a Eucaristia; é o centro de sua vida (como se disse no Concílio Vaticano II)! O povo precisa da generosidade do padre para alimentar-se da Eucaristia. Por isso, a celebração não pode ser de forma mecânica. Não posso esquecer-me de que é o padre quem mais se beneficia da celebração. Devo celebrar sempre com “unção”! Pois a Missa não é teatro. Com ou sem povo, ela precisa ser celebrada para nossa própria “alimentação”.
As pessoas percebem em nós que somos “homens de Deus”? Rezar Missa faz parte de nossa identidade presbiteral.

A Eucaristia transforma corações. Por ela, Deus conduz a nossa vida!
Eucaristia: é a visita de Jesus, saindo do Pai, ao nosso coração. É um encontro pessoal com Ele. Como naquela experiência do Cura D’Ars que ouviu de um camponês sobre o que fazia na igreja: “eu olho pra Ele e Ele olha pra mim”! Neste amor podemos curar nossas feridas internas. Ele me olha do alto da cruz e me atrai. É um olhar que perdoa, restaura, penetra meu ser. “Eu me torno Tu, Senhor, quando contemplo o teu olhar!”

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