sexta-feira, 16 de maio de 2014

ESTILO MARIANO DE EVANGELIZAR

O Papa Francisco escreveu na Exortação Alegria do Evangelho que“há um estilo mariano na evangelização da Igreja” (EG, 288). Estilo é uma palavrinha difícil de definir com precisão, mas é inconfundível. Juntando um pouco da história da Igreja, suas doutrinas, suas convicções, sua experiência milenar em meio a diversas culturas... perceberemos um modo particular e especial de ser da Igreja. É o seu estilo. Maria marca profunda e vitalmente o estilo de ser Igreja, segundo o nosso Papa. E nós concordamos com ele: “Salve, Maria”!
Muitas vezes nós “confundimos” a figura de Maria com a imagem de nossa própria mãe. A experiência familiar é marcante e nos acompanha por toda a nossa existência. De certa forma, isso ajuda a compreendermos o nosso estilo mariano de servir a Deus.
O Papa recorda alguns títulos e adjetivos sobre Nossa Senhora. Ele relembra que Maria sempre está no meio do povo (EG, 285) como amiga solícita, compreendendo todas as pessoas. Como Mãe da Igreja evangelizadora, reúne os discípulos para invocarem e receberem o Espírito Santo.
Jesus Cristo desejou que a Sua Igreja não ficasse órfã. Ele lhe doou a própria Mãe. Percebemos neste gesto, segundo o Papa, uma “fórmula de revelação” muito especial que marcou intensamente a Igreja e a sua missão no mundo. Ela tornou-se um “ícone feminino da Igreja” e companheira não somente dos seguidores contemporâneos de Jesus, mas de todos os demais discípulos de todas as gerações e em todos os tempos!
Com sua presença consoladora em meio ao mistério da Paixão, mesmo com o coração transpassado, Maria sabe transbordar de alegria no louvor! Ela sabe transformar dor em alegria, pois transformou “um curral de animais na casa de Jesus” (EG, 286).
Sua presença na ação evangelizadora da Igreja é fortemente missionária. Ela se aproxima das pessoas, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos, assim, do Amor de Deus. Mulher de fé, ela “vive e caminha na fé” (EG, 287), sempre conduzida pelo Espírito Santo, ensinando-nos a reconhecer os vestígios do Espírito ao longo da caminhada. Ela é orante e contemplativa, mas também é trabalhadora e sempre pronta para servir. O Papa a apresenta como “modelo especial para a evangelização”.
Sem dúvida, o nosso povo compreende muito bem o papel de Maria na vida da Igreja. E nem é necessário um tratado de Mariologia para incentivar as pessoas a amarem Nossa Senhora. Já está na alma do batizado amar a Mãe do Deus Amor! Como exclamou aquela mulher no meio do povo: “Bendito os seios que te amamentaram” (Lc 11,27)! Maria nos faz “acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto” (EG, 288). É por isso que Francisco ensina: Esta dinâmica de justiça e ternura, de contemplação e de caminho para os outros faz d’Ela um modelo eclesial para a evan­gelização”. Unamo-nos à oração do Papa, dentro do nosso contexto eclesial e social, buscando a intercessão de Maria, e rezemos:“Virgem e Mãe... ajudai-nos a dizer o nosso ‘sim’ perante a urgência, mais imperiosa do que nunca, de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus... Amém!”

Pe. Auricélio – Promotor Vocacional Diocesano

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