SEMINARISTA RENATO PARTILHA CONHECIMENTOS SOBRE EUCARISTIA

SEMINARISTAS PROPEDÊUTAS

PROMOVEM ESTUDO SOBRE EUCARISTIA

Na última segunda-feira, dia 28 de setembro, os seminaristas que cursam o ano propedêutico no Seminário e Casa de Formação Nossa Senhora de Fátima, em Tubarão, tiveram o privilégio de estudar dois dos três Sacramentos da Iniciação Cristã, na aula de Catecismo dada por Pe. Pedro De Biasi, reitor.

O seminarista Renato que conduziu a explanação do conteúdo sobre Eucaristia e Confirmação (Crisma).

"A Eucaristia é um mistério de Deus, nossas faculdades humanas não podem compreender apenas por si esse sacramento, é por isso que devemos pedir a Deus o dom da fé, que ele nos concede sempre para podermos entender o mistério da Eucaristia.

Jesus no evangelho segundo S. Lucas 15, 22 dizia: Desejei ardentemente comer esta ceia convosco" dizia no discurso de abertura.

Iluminado com textos bíblicos, o seminarista Renato ajudou aos outros seminaristas a entenderem o mistério que norteia esse sacramento que é o centro de toda vida cristã.

"O sentido da transubstanciação (o próprio Cristo se fazendo presente nas espécies de pão e vinho) Jesus já falara em seus ensinamentos. Quando abrimos no Evangelho segundo S. João, cap. 6 e vv. 1-59, especialmente nos vv. 48-56, Jesus confirma sua presença no pão e no vinho".

Para explicar o sentido da Eucaristia na vida dos cristãos e de todos os seminaristas, Renato usou o belo discurso de S. Paulo encontrado em 1Cor 11, 17-28:

"Toda vez que comemos da Ceia Pascal (Eucaristia) também comungamos as dores, alegrias, angústias, felicidade de todos aqueles que se fazem presentes na Missa, pois todos estão ligados por uma 'linha' espiritual que nos conduz até Cristo Eucarístico, sua presença Real.

Por isso, Jesus fala no Evangelho segundo S. Mateus: 'Antes de entregares sua oferta no altar, vá e reconcilia-te com teu irmão'.

Quem come o corpo e bebe o sangue de Cristo, mas depois fala mal do outro que estava na missa, despreza-o, humilha-o, come e bebe sua própria condenação (1Cor 11, 27).

Por isso a Eucaristia deve nos levar sempre a santidade, para isso temos que ter a consciência do que realmente implica comungar" dizia Renato ao falar do texto de S. Paulo.

Para contextualizar a Missa nos Evangelhos, o seminarista Renato usou o incrível texto dos discípulos de Emaús que se encontra no evangelho segundo S. Lucas 24, 13-35 e comparou a Missa dos primeiros cristão, explicada por S. Justino de Roma (100-163):

"Os primeiros cristãos iniciavam a missa com um banquete, havia a leitura de um texto do primeiro testamento e um outra leitura do segundo testamento, depois o presbítero tomava a palavra e começava a explicar os textos, o mesmo que Jesus faz com os discípulos de Emaús vv. 25-27.

Logo após fazia-se as preces, terminava com um ósculo, e depois começava a partilha do pão, o mesmo que fez Jesus no v. 30.

Após a celebração os diáconos levavam a Eucarisita àqueles que não podiam participar da ceia por alguma enfermidade, e todos começavam a sua missão.

Sabemos que a realidade de todos os cristãos desde quando Jesus morreu, a partir dos primeiros martírios no ano 60 até aproximadamente o ano 313, quando o imperador Constantino permitiu liberdade ao culto cristão, a Eucaristia fortalecia a missão daqueles cristãos."

Assim o seminarista Renato terminou sua explicação sobre a Eucarisita, apenas acrescentando: "Quando tomarmos consciência do mistério da Eucarisitia, poderemos rezar tal qual a Bem-Aventurada Albertina 'O dia mais feliz de minha vida foi minha Primeira Comunhão'".

Enfim, na segunda parte o seminarista Renato falou sobre a Confirmação. Ensinou que é uma prática muito antiga dos cristão, encontrada lá no capítulo 8 de Atos dos Apóstolos, nos vv. 9-17 quando Filipe havia anunciado o evangelho a Samaria e todos os convertidos foram batizados.

Vendo isso Pedro e João foram enviados até Samaria e impondo suas mãos sobre todos os convertidos fez descer o Espírito Santo sobre eles.

Na Igreja Oriental a Confirmação era feita durante o Batismo, primeiro a criança era imergida uma vez para o Batismo, e logo uma segunda vez como a Crisma, para receber o Espírito Santo.

Já a Igreja Latina (Ocidental), do ritual romano, batizava as crianças quando pequenas uma vez, crendo na fé dos pais e padrinhos, que assumem pela criança todas as responsabilidades cristãs (ensinar a amar Deus e a Igreja), para depois, quando a criança estiver numa idade em que pode assumir essas responsabilidades confirmar por si mesma sua fé.

Enriquecidos, os seminaristas continuaram suas atividades no seminário, culminando o dia com a celebração Eucarística.

Renato de Souza Amaro - seminarista propedêuta