
“’Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações’. Esse é o mandato de Jesus. Somos todos discípulos missionários a serviço das vocações e dos ministérios” (TEXTO BASE: 3° Congresso Vocacional do Brasil, N° 1).

Tema: “Discípulos missionários a serviço das vocações”.
Lema: “Ide, pois, fazer discípulos entre as nações”
(cf. Mt 28,19).
Local: Indaiatuba, Itaici, São Paulo, 03 a 07 de setembro de 2010.
A Igreja no Brasil viverá, a partir de hoje até terça-feira, dia 7, um raro momento eclesial-vocacional. Nós, padres e seminaristas do Seminário Nossa Senhora de Fátima, nos associamos aos quase 400 delegados de todo o Brasil neste evento. Estamos em oração pelo êxito do Congresso e interessa-nos profundamente as reflexões que lá serão feitas.

Convidamos você também, caro visitante de nosso blog, a unir-se em oração em favor deste Congresso. As Equipes Vocacionais de nossa Diocese já estão estudando o tema através dos textos-base que adquiriram. E poderão convidar a comunidade a rezar a Oração Vocacional especialmente preparada para este Congresso.
Com a ajuda do Pe. Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, meditaremos um pouco mais sobre este grande evento. (O texto encontra-se no site do IPV).
III CONGRESSO VOCACIONAL DO BRASIL, MAS, POR QUÊ?


Pretende-se, ainda, acolher, como horizonte e referência, o Sínodo sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, e o Documento de Aparecida, com todas as suas indicações. As temáticas desses eventos são pertinentes e decisivas para a questão vocacional. Sem esquecer que recentemente o papa Bento XVI convocou um Ano Sacerdotal, já em andamento, tendo por tema: “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”, com o objetivo de “fazer perceber sempre mais a importância do serviço e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade contemporânea”. (Convocação ocorrida no dia 16 de março passado, em audiência concedida aos participantes da plenária da Congregação para o Clero, em Roma.)
ALIMENTAR A FÉ DO POVO – PRIMAZIA VOCACIONAL


Antes de tudo, também nós, da animação e da Pastoral Vocacional, nos propomos à “grande tarefa de proteger e alimentar a fé do povo de Deus e recordar aos fiéis deste Continente que, em virtude de seu batismo, são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo”. (Cf. Documento de Aparecida, 10.)
Trata-se de um mandato, uma missão que devemos realizar, o de despertar, discernir, cultivar e acompanhar a vocação dos batizados para que sejam verdadeiramente discípulos-missionários de Jesus Cristo. Esta tarefa protetora e alimentadora da fé, e de memorial, também é nossa e queremos cada vez mais assumi-la integralmente. A primazia deve ser dada à vocação de cada cristão à santidade. (Cf. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2008-2010, 159.)

A ordem de Jesus é explícita, objetiva, é ir, e fazer discípulos.
Nada melhor e mais oportuno que, neste tempo histórico e eclesial, o serviço de animação vocacional acolha as orientações de Aparecida e do Sínodo da Palavra de Deus, como referenciais teológicos e pastorais para a vida – o discipulado - e o serviço das vocações - a missão.
A mesma Conferência de Aparecida recorda que entre tantos desafios enfrentados pela Igreja, constata-se também o “número insuficiente de sacerdotes e sua não equitativa distribuição [...] e a relativa escassez de vocações ao ministério e à vida consagrada” (D. Aparecida, 100). Certamente esta carência pode ser estendida aos demais ministérios, somos testemunhas e temos consciência disso. À escassez, ao número insuficiente e a uma não justa distribuição, mais do que ninguém, na Igreja, deve se interessar o serviço de animação vocacional.

De outro, escutamos o apelo da fidelidade ao mandato de Jesus, de anunciar o Reino, de evangelizar, de pedir ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe. Diante de um contexto de grandes mudanças que “nos afligem, mas não nos confundem”, sentimos também nós a necessidade de continuar fazendo o caminho, na acolhida aos apelos da Igreja. Entre tantos modos e formas, um deles é dar continuidade ao processo de realiza

FRUTO DA ANIMAÇÃO VOCACIONAL

O Congresso é sempre fruto de um processo profundo do serviço de animação vocacional, sua identidade e missão. Os anteriores se abriram para as questões da antropologia e da cultura vocacional, da inculturação e da evangelização, da oração e da espiritualidade, da integração das pastorais, da pedagogia e do planejamento, do itinerário vocacional.


Recordamos que o II Congresso Vocacional também abordou a temática metodológica, sugerindo no serviço de animação vocacional uma metodologia de planejamento “Discípulos missionários a serviço das vocações” “Ide, pois, fazer discípulos entre as nações” (cf. Mt 28,19). Sabe-se, porém, que no caminho da evangelização, não é suficiente realizar um novo evento, isolado de todo o processo até aqui feito, com suas riquezas e também limites.
POR UM NOVO FLORESCIMENTO VOCACIONAL

Fundamental é a preparação, a oração persistente, o aprofundamento temático, a articulação, o estabelecimento de prioridades, e uma programação que incida após o Congresso nos planos e projetos da mesma Conferência Episcopal e Comissão específica, dos Regionais, das Dioceses e suas comunidades. O que se deseja é que na Igreja, povo de Deus, por sua graça e benignidade, haja um novo florescimento de vocações, como expressão da riqueza, multiplicidade e complementaridade de dons, carismas e ministérios.
JESUS – O CENTRO DE TODO CHAMADO


Neste sentido podemos falar da necessidade de promover a “pedagogia do encontro” com Jesus Cristo, que desperte e forme autênticos discípulos-missionários. Pois “conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas; e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria”(Idem, 29).

O III Congresso será um espaço propício para provocar e estimular no serviço de animação vocacional uma conversão pastoral e renovação missionária, que deve “impregnar todos os planos pastorais de dioceses, paróquias, comunidades religiosas, movimentos e de qualquer instituição da Igreja”.15
A conversão implica em escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas” (Idem, 365), através dos sinais dos tempos, onde Deus se manifesta. Para tanto, se exigem atitudes de abertura, diálogo e disponibilidade para promover a co-responsabilidade e a participação efetiva de todos. Urgência pastoral na animação vocacional é o testemunho de comunhão eclesial e de santidade de vida.

Enfim, neste processo preparatório ao Congresso Vocacional, é preciso ter participativo, contemplando uma análise da realidade (marco situacional), a iluminação da fé (marco doutrinal) e a ação e programação (marco operacional).
“Discípulos missionários a serviço das vocações”.
“Ide, pois, fazer discípulos entre as nações” (cf. Mt 28,19): confiança no Senhor da messe, manter viva a esperança, prodigalizar-se no amor compassivo e misericordioso. “Não tenham medo” (Mt 28,5), pois o que nos define é “o amor recebido do Pai graças a Jesus Cristo pela unção do Espírito Santo” (DAp, 14).
PROMOVER DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS


Na inserção eclesial afirmamos nossa “adesão crente, alegre e confiante em Deus Pai, Filho e Espírito Santo” (Idem, 19). O III Congresso, cuja preparação já iniciamos, será um espaço apropriado para proclamar que “a própria vocação, a própria liberdade e a própria originalidade são dons de Deus para a plenitude e o serviço do mundo” (Idem, 111). Não só, será ocasião também para participar e contribuir com “esse despertar missionário, na forma de missão continental [...] seguros de que a Providência de Deus nos proporcionará grandes surpresas” (Idem, 551).
Por tudo isso, por mandato de Deus e da Igreja, pelas razões que apresentamos, por tantas outras exigências e demandas, pela humanidade e pelos batizados, cremos que o III Congresso tem sentido, pois somos chamados, como discípulos-missionários, a servir mais plena e intensamente as vocações na Igreja. E convocados a colaborar, onde for possível e nas instâncias em que estamos envolvidos, com a preparação, realização e concretização das deliberações do III Congresso Vocacional do Brasil, para que todos os seus objetivos sejam atingidos.

Neste caminho, contamos com o auxílio da Virgem Maria, a discípula-missionária. Pedimos que “nos ensine a responder como fez ela no mistério da anunciação e encarnação” (Idem, 553).

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